SAUDADES DO PASSADO
Hoje à tarde eu saí...
Caminhei sem destino...
O peito apertado e eu sabia o porquê...
Saudades, saudades da minha vida de menina,
da minha gente que já se foi...
Saudades de uma vida que passou.
Andei por ruas até chegar onde eu
havia nascido e passado minha infância e juventude.
Ah! Aquela rua! Quantas recordações
e segredos escondido naqueles belos flamboyans...
Ouvi risos de crianças, e nessa hora meu coração apertou.
Lembrei de você, mamãe, quando aos
sábados costurava para mim,
e cantava suas modinhas preferidas.
Eu nunca me perguntei: Será que ela é feliz?
Será que nunca sentia saudades da sua mocidade?
Nessa minha volta física ao passado, já em idade avançada,
eu me lembrei deles... dos meus queridos pais
sentados na varanda, tomando o tradicional
café das quinze horas, com pãezinhos feitos em casa.
Ainda sinto o aroma delicioso quando
eles saíam do forno, quentinhos e deliciosos!
Andei e, lentamente, a tristeza invadiu-me...
A casa onde morávamos tornou-se
um grande e frio arranha-céu,
revestido de mármore, sem alma, impessoal...
Onde estavam as mangueiras, as goiabeiras
e os flamboyans coloridos?
Olhei as casas antigas, relembrei quem morava ali...
No lugar dos arvoredos,
onde ficava o nosso clube de meninas,
modernos edifícios ocupam o espaço...
Eu me via menina ali pulando corda, jogando peteca,
brincando de pique-esconde, descendo a ladeira
no carrinho de rolimã, para desespero de minha mãe...
Eu me senti uma mulher triste e solitária,
melancólica, nostálgica e abandonada,
a caminhar por aquelas ruas que me trouxeram tantas recordações,
Com desalento constatei que nada mais restou....
Existia somente no meu coração,
nas minhas doces lembranças...
A saudade das tardes mornas, do gato da vizinha,
do meu cachorrinho Lassi, da boneca que
andava e falava mamãe, mamãe!
Mas, hoje, senti cheiro de despedida
como se aqui eu não voltasse mais...
Quero deixar na lembrança dos
momentos alegres que ali vivi,
os tristes que reencontrei e deixo aqui,
nesses prédios tão sombrios...
Na vida tudo passa, tudo se acaba,
e hoje senti que o meu passado
também já passou...
Enfim, acabou!
Hoje à tarde eu saí...
Caminhei sem destino...
O peito apertado e eu sabia o porquê...
Saudades, saudades da minha vida de menina,
da minha gente que já se foi...
Saudades de uma vida que passou.
Andei por ruas até chegar onde eu
havia nascido e passado minha infância e juventude.
Ah! Aquela rua! Quantas recordações
e segredos escondido naqueles belos flamboyans...
Ouvi risos de crianças, e nessa hora meu coração apertou.
Lembrei de você, mamãe, quando aos
sábados costurava para mim,
e cantava suas modinhas preferidas.
Eu nunca me perguntei: Será que ela é feliz?
Será que nunca sentia saudades da sua mocidade?
Nessa minha volta física ao passado, já em idade avançada,
eu me lembrei deles... dos meus queridos pais
sentados na varanda, tomando o tradicional
café das quinze horas, com pãezinhos feitos em casa.
Ainda sinto o aroma delicioso quando
eles saíam do forno, quentinhos e deliciosos!
Andei e, lentamente, a tristeza invadiu-me...
A casa onde morávamos tornou-se
um grande e frio arranha-céu,
revestido de mármore, sem alma, impessoal...
Onde estavam as mangueiras, as goiabeiras
e os flamboyans coloridos?
Olhei as casas antigas, relembrei quem morava ali...
No lugar dos arvoredos,
onde ficava o nosso clube de meninas,
modernos edifícios ocupam o espaço...
Eu me via menina ali pulando corda, jogando peteca,
brincando de pique-esconde, descendo a ladeira
no carrinho de rolimã, para desespero de minha mãe...
Eu me senti uma mulher triste e solitária,
melancólica, nostálgica e abandonada,
a caminhar por aquelas ruas que me trouxeram tantas recordações,
Com desalento constatei que nada mais restou....
Existia somente no meu coração,
nas minhas doces lembranças...
A saudade das tardes mornas, do gato da vizinha,
do meu cachorrinho Lassi, da boneca que
andava e falava mamãe, mamãe!
Mas, hoje, senti cheiro de despedida
como se aqui eu não voltasse mais...
Quero deixar na lembrança dos
momentos alegres que ali vivi,
os tristes que reencontrei e deixo aqui,
nesses prédios tão sombrios...
Na vida tudo passa, tudo se acaba,
e hoje senti que o meu passado
também já passou...
Enfim, acabou!
Texto de Arneyde T. Marcheshi
Me enxerquei ai , dentro deste poema. Ainda bem que nos dias de hoje podemos contar com a tecnologia e podemos fazer com que estas lembranças não fiquem só guardadas na nossa memória.
Abraço a todos
Cristiane Dias